Marília celebra a primeira noite do Festival de Cinema de Marília, ocorrida nesse sábado, no Teatro Municipal.
- alexismatarazzo
- 7 de set.
- 1 min de leitura
OS INTERIORES EM MARÍLIA
Interiores, pertencimentos e resistências. Palavras que por excesso de uso podem parecer vazias à primeira vista, mas das quais não fugimos ao descrever a primeira noite do Festival de Cinema de Marília, ocorrida nesse sábado, no Teatro Municipal.
Foi a abertura de uma sequência de 8 dias em que o público será visitado por vozes, olhares, cores e sons de todo o país, na forma de curtas-metragens e longas-metragens, em sessões gratuitas.
Já de cara, quem pisa no teatro encontra o trabalho de Lýryca, artista de Marília que traz questões: quem é você na cidade? O que é a cidade no território? Em que território estamos pisando todos os dias?
Para além do cerimonial obrigatório, a noite de sábado nos trouxe a fala espontânea e inundada de memórias sobre o Clube de Cinema de Marília e a paixão pelos filmes, na pessoa de Cimino Filho, que recebeu a homenagem da pesquisadora Wilza Aurora em nome de seu pai, um dos fundadores do Clube nos anos 1950. Numa sala de cinema, comungamos o que é projetado na tela - "Oeste Outra Vez" trouxe, para o nosso Oeste Paulista, a aridez de homens em disputas interiores (veja só a palavra aqui outra vez...). No palco, encararam o público a produtora Cris Miotto e o diretor Erico Rassi, louvados pela excelência do filme com inúmeros prêmios, mas tão realizadores e trabalhadores da cultura como qualquer um de nós.
Esse foi só o começo. O convite é para você vir pro nosso interior também: do Teatro Municipal, dos filmes, das pessoas, do lugar onde vivemos. "Interiore-se"
Texto: Fabíola Cunha




