top of page
  • White Instagram Icon
  • White YouTube Icon

Entre silêncios e resistências, o Festival de Cinema de Marília ilumina histórias invisibilizadas

  • Foto do escritor: Maria Esteves
    Maria Esteves
  • 11 de set.
  • 1 min de leitura

No dia 08 de setembro, o Festival de Cinema de Marília 2025 trouxe ao palco do Teatro Municipal “Waldir Silveira Mello” uma noite marcada por narrativas que, apesar de distintas em linguagem e origem, se encontraram no gesto comum de dar visibilidade ao que tantas vezes é relegado ao silêncio.

Em “Tapando Buracos”, de Pally e Laura Fragoso (Maceió – AL), o tabu e a estigma menstruação são confrontados, expondo as lacunas de um tema que ainda pesa sobre os corpos femininos. “Marmita”, de Guilherme Peraro (Assis, SP / Londrina – PR), mergulha na marginalização e no universo do tráfico, mostrando vidas atravessadas pela exclusão. Em “Enquanto Dormes”, de Igor Bezerra Ferreira (São Miguel do Gostoso – RN), a violência doméstica surge como sombra que invade o espaço íntimo e exige ser encarada. Já em “Soneca e Jupa”, de Rodrigo R. Meireles (Conselheiro Lafaiete – MG), dois amigos buscam reinventar memórias, como um caminho de cura frente às despedidas da vida.

A noite seguiu com o longa “Pau D’arco”, de Ana Aranha (2025, 14 anos), obra que amplia o gesto de enfrentamento ao evocar raízes, resistências e a luta por dignidade e justiça ao direito à terra em territórios atravessados pela violência e a memória coletiva após uma chacina de dez trabalhadores sem-terra pela polícia do Pará.

Assim, a programação da segunda-feira costurou um mosaico de vozes que desafiam o silêncio — seja ele imposto pelo estigma, pela opressão ou pela marginalidade. O Festival reafirma seu lugar como espaço de escuta e partilha, convidando o público a reconhecer que por trás de cada história pulsa a urgência de enfrentar as injustiças invisibilizadas. Texto: Maria Esteves

 
 
Régua Completa - Sem Fundo.png
bottom of page